24 maio 2008

Mais uma vez, você

São quase três. Mais uma vez, você. Tocam firme os dedos pelo piano e você nem pode mais fumar seus cigarros tranquilamente. Enquanto desliza suave o encanto da valsa, pensa. E.
Você se divide em muitas partes, perde tanto quanto gostaria de ganhar e ainda não conseguiu encontrar o caminho mais fácil de chegar em casa. Uma vez fora de si, você dificilmente voltará tão cedo; pede que, por favor, não o esperem pois. Repete a música antiga e cultiva novos hábitos, daqueles que nem você seria capaz de prever que sim. Ela não apareceu. Você nem pode mais fumar. Olhou pro chão e encontrou a própria sombra parada em outro lugar. De ninguém mais. De agora em diante, você só espera por menos. Menos dor, menos querer. Menos alcançar o vácuo deliberadamente. Menos sufocar o peito apertado, o coração de tanto bater uma hora pode parar. De agora em diante, você. Mais uma vez.

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