- OláTudobemComovai?
- Difícil essa. Podemos pular já para o Bom te Ver, Até Logo?
E foi pra casa ouvir Piaf cantar La Vie en Rose.
28 agosto 2008
Instantâneo
26 agosto 2008
Desfecho.
Eu poderia nunca ficar sabendo disso. Passaria todo este tempo sem descobrir. Às vezes me observo parado na esquina onde sempre passa o ônibus. Pergunto-me como teria sido viver uma realidade que não a minha. Que não a que sinto neste momento em que abro os olhos, já de tarde, ainda na cama, ao pensar antes de mais nada, em você.
Explodimos em nossa geração que quer demais àquilo que nem aprendeu a suportar. Aos nossos ancestrais, um abraço fraterno; nada mais. Sufocaram-nos em uma iludida satisfação, aquela que me faz perceber o quão distante você sempre estará, não importa o quanto nos esbarremos cotidianamente.
Vivemos o sempre e o até logo; o beijo na testa cada vez mais raro e a transa de cinco minutos atrás das portas.
Não encontramos espaços em nossas reuniões com grupos de amigos. Buscamos o extremo do nosso convívio natural e, na sofrida rouquidão de nossas gargantas fumadas, nos sentimos derrotados. Perecemos na ânsia de saber o que acontece na janela em frente a nossa casa, na tentativa de apreender o que ainda não sabemos, mesmo afundados, afogados nas próprias calúnias tão temidas.
Explodimos em nossa geração que quer demais àquilo que nem aprendeu a suportar. Aos nossos ancestrais, um abraço fraterno; nada mais. Sufocaram-nos em uma iludida satisfação, aquela que me faz perceber o quão distante você sempre estará, não importa o quanto nos esbarremos cotidianamente.
Vivemos o sempre e o até logo; o beijo na testa cada vez mais raro e a transa de cinco minutos atrás das portas.
Não encontramos espaços em nossas reuniões com grupos de amigos. Buscamos o extremo do nosso convívio natural e, na sofrida rouquidão de nossas gargantas fumadas, nos sentimos derrotados. Perecemos na ânsia de saber o que acontece na janela em frente a nossa casa, na tentativa de apreender o que ainda não sabemos, mesmo afundados, afogados nas próprias calúnias tão temidas.
06 agosto 2008
Escaravelhos
Despejaram em minha boca o martírio dos corações aflitos.
Agora, somente devo acostumar-me com o que fim não parece conhecer ou,
Alio-me às causas encontradas nas latas de lixos reviradas,
Nos bueiros encardidos, nas brasas de cigarros abandonadas na maré cheia e
Na lua que mingua meus cabelos escassos, sofridos de tintura aguada e transparente, na
Tentativa errônea de disfarçar-me ao espelho que insiste em tornar a minha imagem,
Reflexo de mim mesma.
"... PARA QUE VIESSE A MORRER UM POUCO MENOS DESSA MORTE PARA TRÁS, QUE É A IGNORÂNCIA DAS COISAS ARRASTADAS PELO TEMPO ..."
Julio Cortázar
01 agosto 2008
Compartimento
Ah... os detalhes. Malditos sejam.
Que me enterrem sob uma imensa descrição de minha vida,
para que assim, eu possa finalmente
descansar em paz.
Que me enterrem sob uma imensa descrição de minha vida,
para que assim, eu possa finalmente
descansar em paz.
Assinar:
Postagens (Atom)