31 maio 2007

.InvasãoII

ninguém aguenta sempre o peso de ser quem é.

.Invasão

.
.
pelo retrovisor
alguém bate na janela
e a gente nem vê.
.
.

28 maio 2007

!Mutantes tarde do que nunca


cuidado meu amigo,
não vá se perder por aí:

não é mais dia 26...


será que é assim?
vai ser..

sempre teremos do que fugir?
depende..

do teor da coisa em si
e da forma que olha para.ti

mas se sacar que é furada
não vai pensar que é marmelada
quando a coisa gruda é sair de fininho
encarne a Lola lá do filme.

run, babe, run.

Fez-se clarão

se bobeio, me atropelas

ao cair, depressa. levanto

ou passas por cima de novo

sem pálido espanto

da jura de amor que tentei te segurar.


21 maio 2007

Cu.otidiano

Quase ser atropelada por um motoqueiro porque o cara "secava" insandecido duas garotas ao meu lado, na calçada:
não tem preço.

18 maio 2007

Tolisse

não pense.
conseguir apagar
fogo com terra
não dá.

15 maio 2007

(...)
"Não é mais o desejo nem "o gosto" ou a inclinação específica que estão em jogo, é uma curiosidade generalizada, movida por uma obsessão difusa - é a fun morallity, ou o imperativo de se divertir, de explorar a fundo todas as possibilidades de vibrar, gozar ou gratificar-se."



(Jean Baudrillard. La Societé de Consommation, Gallimard, p. 261)

08 maio 2007

Conto - tudo

E chegou à conclusão de que nada daquilo valia a pena, pra tanta preocupação. Afinal, de uma forma ou de outra, sabia que tudo teria fim. Em momentos não podia, não conseguia, mas alguma coisa o movia, e tal pesar era de fato, revirado lá do fundo da gaveta.
Era hora de mexer na bagunça, tirar isso e aquilo do lugar pra poder medir o tamanho da situação. Caberia mais duas ou três peças. Talvez mais. E se faltar espaço? Calma, é uma questão de vista. Olhou de baixo e parecia maior. Às vezes era bom quando olhava de baixo, quando se deixava ir até lá e, aos poucos vir subindo pelas paredes. Sim, por elas mesmas. Tinha que chegar, havia de gozar, era preciso, era necessário, era seu direito! Nada o impedia. Talvez ele mesmo. Foda. Cabeça da gente é matuta demais. Se quebra fácil por coisa pouca, poderia usar toda aquela energia e erguer uma parede, sei lá, ajudar na arrumação de um apê novo, talvez trocar as cortinas. As velhas cortinas do banheiro pediam pra serem liquidadas, as escovas de dente agradeceriam.
Desceu um pouco, quis um cigarro; esperou pelo acaso que não chegava... "Então não era um acaso", concluiu. Tinha vontade de que muita coisa acontecesse e no entanto, não conseguiu trocar mais de duas frases com alguém. Notou-se num emaranhado de sentimentos e, acredite, quase sempre dos piores. Mas passa. Hoje viu aquilo tudo como uns dias distantes. Já consegue discernir pelo menos mais da metade das coisas que quebrou dentro de si.
Chegou o período de colar tudo de novo, naquela folha novinha em branco que tem até cheiro de 1° dia de aula do fundamental. Esse dia também não é lá muito fácil, mas depois a gente chega em casa, conta tudo pra mãe, e vai dormir a tarde toda.
Sossegar é preciso.

07 maio 2007

chuva
chega,
chamo
certeza.

04 maio 2007

foda pouca é bobagem

.
.
.
.

tem dias que
deveríamos ser proibidos

de sair da cama,
de sair.
por decreto, sofrer
as consequências do viver
até que o hoje vire nada
e o nada se passar.

02 maio 2007

Do contra ou tanto faz

. :: .

recebi uma visita

não queria. deixei entrar

uma hora a gente permite,

preencher-se não é tão ruim assim

desprender palavras; colorido fica

e depois é dar risada... não lembrar mais!