31 janeiro 2009

O dia em que matei minha família

Houve uma vez
em que o desespero era medido
na intensidade da chuva espessa.
Espaços de tempo obsoletos,
garfadas ao molho vermelho:
inspiração.
Respirou, enveredou, subitamente
empilhou pás e tesouras.
Na calçada onde as gotas prendiam-se nas árvores
insistentes em molhar nossos cabelos,
lá do topo
ouviu-se junto ao próximo relâmpago
gritos abafados e golpes certeiros.

Dois gatos imóveis.

4 comentários:

Anônimo disse...

Nossa, que layout bonito! =P

Besos, moça. (e agora eu tenho até sobrenome, olha só!)

cintilante disse...

ah sim, a novidade branca é tudo culpa do Ricardo aí ó.

carol de marchi disse...

sim! layout lindo!
me empresta um amigo designer de bom gosto que me faça uma arte de graça?

Pedro Lunaris disse...

os gatos se amam brigando. brigam de amor, ou amam sem ele. nunca vou entender direito.

talvez os gatos façam tudo ao contrário. como pedir carinhos com cara de malvados. como isso de serem Yin, de irem pelo negativo, de guardarem entre-mundos.

mas são lindos.

menos ao amarem. assim, no ato.

vai saber...