Há o A e o Z, e isso nada tem a ver com começos e finais.
Inevitavelmente, o A e o Z não devem se encontrar. Possivelmente nem saibam da existência um do outro. Incrivelmente embarcam em uma mesma linha contínua, a mesma.
Sorrateiramente ocupam um espaço enorme, o mesmo, onde só há lugar para o A ou o Z. Inevitavelmente eles não devem se encontrar.
Acontece que o A criou o parágrafo. E o Z quer dar continuidade. Mal sabe o Z, que o fim lhe pertence, não o meio. E ao A, só lhe resta abrir a porta e esperar a banda passar. Uma vez dado o pontapé, o lugar nunca pára de doer.
E assim foi, por um longo tempo entre o A e o Z. Que não sabiam de si ou de um elo que os ligava. Mas a conexão era explícita, vista de fora e de lado.
Enquanto o Z abusava de tentativas condensadas em ideais afirmados, o A olhava para fora da janela, sem prestar atenção.
Um dia, fora surpreendido com uma nova paisagem. E não agradou os sentidos. Fez menção de buscar o que havia lhe faltado, mas já era sabido por todos os lugares que o A havia perdido para sempre aquele jogo infinito de trilhar um caminho até o ponto final que, infelizmente, fixara morada por detrás do domínio de Z.
Um comentário:
Vocé realmente boa. Muito boa.
Ops, hi there!
:)
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