02 maio 2009

Noite in vitro

Pela janela, observo
O senhor e seus dois companheiros
De caminhada notívaga
Arrastada nos chinelos velhos.

Também é velho
Ele, em cujas mãos pesam
Sacolas cheias de
Sonhos empoeirados; enquanto

O cachorro de lá
Balança o rabo, feliz
Levado pela inércia de
Não saber para onde está indo.

Jaz a noite, enfim,
De calmo frescor e poucos ruídos
Que não os desses passos
Tão explícitos.




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